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“Pouco valor terá a catequese, mesmo substanciosa e segura, se não for transmitida com eficiência de expressão e apoio daqueles subsídios didáticos que hoje se apresentam sempre mais ricos e sugestivos”.
(João Paulo II)

sábado, 4 de dezembro de 2010

SER CRISMANDO É...

REALIDADE DA CATEQUESE CRISMAL


A CNBB, através da dimensão Bíblico-catequética e da pastoral da juventude, realizou uma pesquisa sobre a catequese da crisma, em nível nacional. O objetivo foi sentir um pouco a realidade dessa catequese e como ela mexe com a vida dos jovens

AS CONCLUSÕES FORAM AS SEGUINTES:

a.Motivos que levam os jovens a proucurar o sacramento da Crisma:
  • Seguir a tradição religiosa, social ou familiar. A influência dos pais ainda é forte, seja como incentivo, seja como imposição. É também pela falta de incentivo da família que muitos jovens desanimam e deixem de ser crismados.
  • Garantir um "documento" ou certificado, para "facilitar" o cassamento na igreja.
  • Integrar-se na cominidade e assumir um compromisso.
  • Aprofundar o conhecimento religioso e a vivência da fé
  • Proucurar uma experiência grupal.
OBS: Pelas respostas, notamos que falta conhecimento sobre o significado do sacramento da crisma.

b.Tempo de preparação:
  • Prevalece a duração de seis meses a um ano. Há, porém, esperiêcias significativas de até dois anos de preparação.
  • em alguns lugares, o curto prazo (menos de três meses) reveloa descuido e superfialidade na preparação.
c.Formas de preparação:
  • As mais comuns são encontros, cursos, palestras.
  • Verifica-se ausência de uma criatividade maior.( no blog você encontrará várias dinâmicas)
  • Nem sempre a catequese crismal está inserida no plano de pastoral da cominidade.
d.Principais motivos de desistência:
  • Desinteresse da família e dos própios jovens.
  • Catequese monótona, desinteressante, desligada da vida.
  • Outros compromissos. Como estudo, trabalho, lazer.
  • Horários inadequados.
  • Medo do compromisso.
e.Engajamento na comunidade:
  • Poucos afirmam que há engajamento na comunidade durante a preparação. Poucos, tabém, continuam engajados depois da Crisma.
Essa é uma cosequência da falta de um planejamento da comunidade, que incentive e acompanhe os jovens nesse engajamento. Os jovens, na comunidade, não encontram espaço nem estímulo.

f.Formação dos catequistas da catequese da Crisma:
  • Embora 70% dos candidatos á Crisma cheguem ao fim da preparação, muitas são as queixas, qunto a metodologia.
  • Falta preparo aos catequista de Crisma. Com raras exceções, não têm formação especializada. Normalmente são "sobrantes" da catequese infantil, participantes de algum movimento ou excrismandos.
  • Tal flta de preparação é uma das principais causas da desistência ou da pouca vibração dos crismandos.
g.Pastoral de conjunto:
  • Quase ñ se faz um planejamento em conjunto com as diversas pastorais:catequese, litúgia, juventude, vocacional...
h.Padrinhos e Madrinhas:
  • Buscam cristãos comprometidos, amigos ou companheiros que deram seu apoio durante a preparação
  • Pode-se escolher o próprio catequista.
  • Uma pessoa pode ser padrinho ou madrinha de 1 ou mais crismandos na mesma Missa (há locais que aconcelham-se a não aderir esses 2 metódos acima por motivos organização)
RESUMINDO, AS PRINCIPAIS DIFICULDADES NA CATEQUESE CRISMAL SÃO:
  • Falta de preparo dos catequistas da crisma;
  • Desinteresse dos pais;
  • Desinteresse dos jovens
  • Falta de metodologia;
  • Falta de estímulo e de planejamento da comunidade;
  • Os contravalores da sociedade.

CRISMA FORMAÇÃO


1) O que é o Sacramento da Crisma?
Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma.Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.

Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.

2) Matéria e Forma

A matéria do Sacramento da Crisma é o Santo Crisma, o óleo da oliveira (azeite), misturado com um bálsamo perfumado e abençoado solenemente pelo Bispo na Quinta-feira Santa. Essa matéria é usada pelo Bispo na cerimônia da Crisma, junto com a imposição da mão sobre a cabeça, quando o ministro traça o Sinal da Cruz com o Santo Crisma na fronte do crismando, dizendo as palavras da Forma.
A Forma do Sacramento da Crisma é: Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.


3) Ministro da Crisma
O ministro do Sacramento da Crisma é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um simples Padre deve crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades de amor a Deus.
A Crisma não é absolutamente necessária para a salvação (uma pessoa não crismada pode ir para o Céu), mas é muito importante receber a Crisma desde cedo: só com a Crisma teremos no Céu a proximidade de Deus e a intensidade de amor que Ele quer nos dar. Além disso, só com a Crisma teremos todas as forças necessárias para vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo que seria grave negligência dos pais se não preparassem seus filhos para receber este Sacramento da perfeição cristã.

4) Instituição da Crisma

Como sabemos que Jesus Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos.”

5) Quais são as graças que recebemos pelo Sacramento da Crisma?

Aumento da graça santificante.
Recebemos de modo novo e especial o Divino Espírito Santo, com seus sete dons sagrados.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
A crisma, como o Batismo e a Ordem, imprime caráter, ou seja, marca de modo indelével nossa alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não podemos receber a Crisma mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem.

6) Quais são os sete dons do Espírito Santo que recebemos de modo especial na Crisma?
São eles:
1 – Temor de Deus
2 – Piedade
3 – Fortaleza
4 – Conselho
5 – Ciência
6 – Inteligência
7 – Sabedoria
7) Por que existem padrinhos para a Crisma?
Porque, como no caso do Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja nesta ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.

Para terminar, devemos considerar que a Crisma é o Sacramento que aumenta o Amor de Deus em nosso corações. Aos sairmos da cerimônia da Crisma, como soldados de Cristo, temos nossos corações dilatados, abertos para muitas novas graças, capazes de amar a Deus com muito mais forças. É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
Devemos estar atentos em deixá-Lo agir em nós, pois Ele vai nos guiar pelos difíceis caminhos da vida, vai nos encher o coração com muitas alegrias espirituais, com o gosto pela oração, com as forças para vencer as tentações. Só assim poderemos estar cada dia mais próximos do Coração de Nosso Senhor, para servi-Lo e amá-Lo para sempre

caquisandos

1) Sabedoria: é o dom de perceber o certo e o errado, o que favorece e o que prejudica o projeto de Deus, quem acredita na libertação e quem está interessado na opressão. A sabedoria é dada especialmente aos pobres (Mt 11, 25) e àqueles que são solidários a eles. Não tem nada a ver com cultura. Por este Dom buscamos, não as vantagens deste mundo, mas o Bem Supremo da Vida, que nos enche o coração de paz e nos faz felizes. Diz o Senhor: "Feliz o homem que encontrou a sabedoria... Ela é mais valiosa do que ás pérolas" (Cf. Pv 3,13-15). A Sabedoria que vem do Espírito Santo "é um reflexo da luz eterna" (Cf Sb 7,26).

2) Inteligência: é o dom de entender os sinais da presença de Deus nas situações humanas, nos conflitos sociais, nas lutas políticas.. É o Dom Divino que nos ilumina para aceitar as verdades reveladas por Deus. Mesmo não compreendendo o Mistério, entendemos que ali está a nossa salvação, porque procede de Deus, que é infalível. O Senhor disse: "Eu lhes darei um coração capaz de me conhecerem e de entenderem que Eu sou o Senhor" (Jr 24,7).

3) Conselho: é o dom de saber discernir caminhos e opções, de saber orientar e escutar, de animar a fé e a esperança da comunidade. Só assim orientamos bem a nossa vida e a de quem pede um conselho.

4) Fortaleza: é o dom de resistir às seduções da sociedade capitalista, de ser coerente com o Evangelho, de enfrentar riscos na luta por justiça, de não temer o martírio. É esse o Dom que faltou para o Apóstolo São Pedro quando negou o Mestre, e que lhe foi dado depois pelo Espírito Santo no dia de Pentecostes. São Paulo confiava no Dom da Fortaleza. Ele disse: "Se Deus está conosco, quem será contra nós?" (Rm 8,31).

5) Ciência: é o dom de saber interpretar a Palavra de Deus, de explicar o Evangelho e a doutrina da Igreja, de fazer avançar a teologia, de traduzir em palavras o que se vive na prática. Por este Dom o Espírito Santo nos revela interiormente o pensamento de Deus sobre nós, pois "os mistérios de Deus ninguém os conhece, a não ser o Espírito Santo" ( Cor 2,10-15).

6) Piedade: é o dom de estar sempre aberto à vontade de Deus, procurando agir como Jesus agiria e identificando no próximo o rosto do Cristo. É o Dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Por ser o "amor do Pai e do Filho", o Espírito Santo nos dá o sabor das coisas de Deus. "O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17).

7) Temor: é o dom da prudência e da humildade, de saber reconhecer os próprios limites, de não pedir ou esperar de Deus que ele faça a nossa vontade. Não quer dizer "medo de Deus", mas medo de ofender a Deus. Sendo Ele o nosso melhor amigo, temos o receio de não lhe estarmos retribuindo o amor que lhe é devido. Mais do que temor, é respeito e estima por Deus.

CRISMA

MISSÃO DOS CRISMADOS

A missão não pode ser como uma lâmpada que ora se acende ora se apaga. Ela é um processo que a catequese precisa ir motivando desde os primeiros passos de cada cristão. Não existe missão para si próprio. Missão é algo que impulsiona a sair de si para o bem da comunidade.
Não importa se os interlocutores da Crisma são jovens ou adultos.
Importa, sim, que todos possam assumir uma fé como processo de crescimento e que esta se expresse num comprometimento com o vasto mundo e com a comunidade eclesial.
Alguns caminhos para serem assumidos pelos crismandos:
• Exercer serviços na liturgia, catequese, CEBs, pastoral da juventude, missionária, vocacional...
• Presença e testemunho nos ambientes onde se encontram, com vistas à mudanças para um mundo mais justo e fraterno: Nas escolas e universidades, no trabalho, na política, nas movimentos ecológicos, nas associações de bairro, no meio rural, no lazer, nas comissões de justiça e paz, nas reinvindicações ecológicas, de gênero, de categorias, nas lutas por melhorias de saúde, educação, saneamento, água...
• Diz a Evangelli Nuntiandi: “O campo próprio de cada cristão/ã é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação e outras realidades como: a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e os sofrimentos” (cf. EN 70).
O documento CATEQUESE RENOVADA (n.º 26) aponta os principais compromissos de um cristão/ã. Vejamos:
• Compromisso na construção da história. Tendo fé no Deus da vida, acreditando numa efetiva organização para possibilitar maior dignidade a todos, suscitará esperança em construir um mundo diferente (CR 252-255).
• Compromisso com a família. A família é o berço de todos os valores. Ela permite a primeira experiência de comunhão na fé, no amor e no serviço ao próximo (CR 260-263).
• Compromisso com o trabalho. Construir a sociedade, sabendo que o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho (CR 264-265).
• Compromisso com a política. O cristão crismado não é um omisso diante dos problemas sociais e econômicos, mas é um concreto participante para se viver uma verdadeira democracia (CR 266-270).
• Compromisso frente à pobreza. O necessitado, excluído e oprimido merecem atenção especial. Descobrir formas para maior solidariedade (CR 271-273).
• Compromisso com o crescimento da justiça, da dignidade humana, do desenvolvimento integral e da paz, contra todas as formas que provocam a injustiça, a fome, a miséria, a escravidão das drogas, a ausência de paz... (CR 274-276).
• Compromisso frente ao pluralismo. Diante desta realidade, o maior compromisso é o diálogo. Somos chamados a termos atitudes de tolerância e responsabilidade.
• O cristão(ã), pelo sacramento da crisma é fortalecido(a) pelo dom do Espírito Santo para assumir com coerência sua fé e, portanto, a vida cristã.
O(A) Sacramento da Crisma é o que nos coloca num processo de maior maturidade e permite um testemunho feito de atitudes comprometedoras na vida, dentro da família e da comunidade.
O(A) cristão(ã) crismado(a) se torna responsável por uma Igreja viva e renovada e por um mundo mais justo e mais fraterno.
O Pote e a Missão



POTE – Pote é uma vasilha de barro utilizada para se por água. Para receber a água ele deve estar vazio. O estar vazio faz parte de sua identidade. Quando ele está novo e ainda não foi curtido, a água que se põe nele tem gosto de barro. Na medida em que ele fica curtido, a água depositada nele conserva o gosto de água. Ele deixa a água ser água. O pote quando está cheio de água fica sempre umedecido. A umidade da água passa pelas paredes do pote. Lança-se para fora.

SIMBOLOGIA DO POTE – O serviço da Missão tem muito a ver com o Pote. Para bem iniciarmos e desenvolvermos um trabalho missionário devemos ser “potes” com sua verdadeira identidade. Isto quer dizer potes vazios. Pote vazio não deixa de ser pote, apenas está preparado para receber a água. Quando nos comparamos com potes vazios, não quer dizer que ignoramos nossas potencialidades. Significa que a primeira atitude da Missão é esvaziarmos de nós mesmos, de nossos projetos pessoais para nos enchermos de Deus. Quando no início do trabalho missionário somos “potes vazios”, o mistério de Deus penetra em nós, nos toca, nos curte. Vamos percebendo as dimensões deste mistério. A partir daí o trabalho missionário que realizamos é transpiração, testemunho da água viva do projeto de Deus e não tanto uma projeção nossa. Quando na missão somos “ potes cheios” de nós mesmos passamos a ser “atração”, “show”. Isto nos leva ao estress. E aí, onde fica Deus e o testemunho do anonimato?

A simbologia do pote nos lembra um ponto básico no trabalho missionário: o despojamento, a Kénosis.

KÉNOSIS DE JESUS. Jesus, o missionário do Pai, inaugura sua presença missionária entre nós pela via kenótica. “Esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentado-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente, até a morte e morte de cruz” (Fl 2,7-8). Jesus se despoja num serviço total. Ele deixa claro que a Kénosis leva à Ressurreição. O Jesus que ressuscitou é o mesmo que morreu. Jesus vitorioso é o mesmo que experimentou o fracasso. Jesus ressuscitado testemunha que vida entregue gera vida. “Se o grão de trigo não cair na terra não produzirá frutos”.

A prática kenótica de Jesus fica bem clara no sermão das Bem-aventuranças. Elas são o caminho da missão. Seguir Jesus na sua prática das Bem-aventuranças requer uma mudança interior. É a conversão ao Evangelho que nos leva à verdadeira ação missionária. Esta conversão exige de nós a pequenez de um coração pobre, humano e humilde. Isto fica ainda mais claro quando observamos que bem no meio das Bem-aventuranças está a bem-aventurança da compaixão-misericórdia, como o grande carisma missionário de Jesus.

VIA KENÓTICA DE PAULO. O despojamento de Paulo vai acontecendo através do caminho de Damasco, no contato com a comunidade, no deserto e diante das crises experimentadas no seu jeito de fazer missão. Tudo isto leva Paulo a uma grande interiorização do Evangelho da Cruz. A sua via kenótica desenvolve-se dentro de um processo progressivo: 1. A Kénosis de ser para Jesus. Paulo vive, sofre e passa pelo processo do êxodo-pascal para ressuscitar como um homem totalmente tomado por Jesus (Cf Gl 2,19-20).

2. A Kénosis de missionar do jeito de Jesus. Em Atenas, Paulo entra em crise porque encheu seu pote de seus esquemas (At 17, 16-324). A crise de Atenas leva Paulo a um despojamento de si mesmo. A partir de então refaz seu projeto missionário (Rm l5, 1-23), onde domina muito o despojamento, a acolhida e a solidariedade. Passa a testemunhar o Evangelho da Cruz: Tem uma maior consciência da fraqueza do missionário (a) e dos meios usados por eles. Passa a entender que é na hora que sentia fraco é que era forte (2 Cor l2, 1-10).

3. A Kénosis de viver e permanecer com Jesus até o fim ( Rm 8, 35-39). A partir daí ele nos aconselha a ter os mesmos sentimos que havia em Jesus Cristo” (Fl 2, 5).

TRINDADE: MAIOR GESTO MISSIONÁRIO. Através da Kénosis de Jesus e de seu discípulo Paulo vamos entendendo que a missão não é propriedade nossa. É a expressão do dinamismo missionário da Trindade ( Cf AG 2). Ela é o ato missionário completo: Cria – Redime – Santifica.

A missão tendo origem na Trindade se torna para nós uma questão de fé. Ela se torna a medida de nossa fé (Cf RM 11). Ela renova a Igreja, revigorando sua fé e sua identidade. (Cf RM 28). A missão tem no Espírito de Deus seu primeiro agente, seu guia e seu impulsionador ( Cf RM 21. 24. 37). Sem a ação do Espírito Santo não há Evangelização. Ele é a alma da Igreja. As técnicas da Evangelização são boas, mas não substituem a ação discreta do Espírito Santo. (EN 75).

ESPIRITUALIDADE DO MISSIONÁRIO. Na medida em que o missionário vai se deixando tocar pela simbologia do pote ele vai esvaziando-se de si mesmo e deixando Deus ser Deus dentro dele. Adquire o verdadeiro temor de Deus, reconhecendo que Deus é o Absoluto e nós somos criaturas. Ele nos abre ao imprevisível de Deus e relativiza nossa auto-suficiência.

A espiritualidade requer que o missionário(a) seja uma pessoa de silêncio. O silêncio é mais do que não-falar. É uma atitude de escuta da Palavra de Deus. Deste modo o silêncio se torna a morada desta Palavra . Dá fecundidade à esta Palavra. O silêncio faz arder nosso coração com o fogo interior do Espírito. O silêncio é uma atitude interior em que nos abrimos para a realidade de Deus que nos envolve.

Juntamente com o silêncio a espiritualidade missionária se alimenta na contemplação. A contemplação é a descida humilde da mente para o coração. Refletimos e rezamos a sabedoria da Palavra de Deus que se apresenta na Bíblia e na realidade da vida. Quando esta Palavra de vida desce para o coração ela se torna inspiração contemplativa e missionária. A contemplação é uma atitude de abandono aos apelos do Amor de Deus. Por isso mesmo ela nos desinstala e nos leva por caminhos desconhecidos, facilitando um novo olhar para a realidade. Deste modo é a contemplação que nos impulsiona para a missão “ad gentes” e não a curiosidade do diferente ou de ser diferente.

Através da contemplação começamos a enxergar e ver o cotidiano com um coração novo e espírito novo (Cf Ez 36, 26-27). A contemplação reforça em nós o sentido de pertença e permanência na vocação missionária. Aumenta o zelo e o espírito de unidade do missionário (a). Reanima o fervor do missionário (a), dando-lhe força para semear mesmo entre lágrimas. A contemplação nos leva, a exemplo de Carlos de Foucauld, a “Gritar o Evangelho com a Vida”. A falta de fervor se manifesta no cansaço, na desilusão, no desinteresse e sobretudo na falta de alegria e esperança (Cf EN 76.79.80). A contemplação ajuda o missionário (a) a ser constante na execução do trabalho missionário, aberto ao diálogo e ser pessoa comunitária.

Neste instante em que a vida religiosa é chamada a reavivar seu profetismo missionário, a simbologia do pote nos lembra que a missão é antes de tudo um estado de ser possuído por Deus que nos leva a fazer ações missionárias. A Kénosis é uma atitude básica para o discipulado missionário. Sem ela não seremos os (as) missionários (as) do silêncio contemplativo. Nosso zelo, nosso fervor, nossa unidade terão fôlego curto.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

catequese


           DIA DO CATEQUISTA



29 de Agosto - Dia do Catequista
Quando Jesus se sentava entre os amigos e os discípulos e lhes falava de Deus


Quando se esquecia das horas passadas felizes debaixo da sombra das árvores para revelar a Boa Nova a todos, quando abria seu coração para ensinar a rezar, a cuidar da vida, a ser bom, a buscar a verdade e a justiça, a chamar Deus de Pai, Paizinho, Jesus era catequista.

Quando Maria, lá na sua casa de Nazaré, colocava Jesus menino em seus joelhos e lhe falava de Deus e lhe explicava a história do povo de Israel, quando juntos rezavam os salmos, quando ela abria seu coração e louvava ao Senhor, cantando como os anjos do céu, Maria era catequista.

Quando Ana, mãe de Maria, chamava a filha junto de si e lhe falava das promessas de Deus, quando lhe lembrava as profecias que anunciavam o Messias, quando rezavam juntas para que o Salvador viesse logo, Ana era catequista.

E a história vai longe no tempo passado e irá mais longe no tempo futuro, porque ser catequista é uma alegria muito grande, porque é transmitir a preciosíssima herança da fé, o bem mais importante que uma família pode legar a seus filhos, que uma comunidade pode dar a seus irmãos. Porque ser catequista é aceitar um dom de pura doação e felicidade, visto que só é possível falar da abundância do coração. Porque ser catequista é assumir também o testemunho de vida, visto que a palavra ensinada precisa ter o eco dos gestos e dos sentimentos, e dos atos e do olhar. Porque ser catequista é ser sempre discípulo e um pouco mestre, sempre disponível e missionário.

Mas a maior alegria de ser catequista é viver se sentindo como que junto a Jesus, debaixo das árvores, ouvindo-o falar de Deus. Naquelas horas de encontro, de partilha e pura felicidade, parece que Maria nos toma em seu colo de Mãe e os anjos se aproximam para louvar ao Senhor. Porque a catequese pode ser como que um pedacinho de Paraíso, espaço e tempo de busca e encontro de Deus.








 O catequista é chamado a ser testemunha de Jesus Cristo. Testemunhar não significa discursar sobre, mas viver intensamente o Evangelho configurando-se Àquele que primeiro nos amou e nos escolheu: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15, 16). Não se pode anunciar aquilo que ainda não se experimentou. O catequista precisa ter essa consciência de que a missão não é mérito seu, mas lhe foi confiada. Não se trata de realização pessoal, mas algo muito maior, ou seja, o catequista é um eleito de Deus para exercer esta vocação específica no seio da Igreja. Vocação esta que não pode ser vivida fora do contexto do amor.

Na Carta aos Gálatas encontramos o resumo de como deve ser a vida do catequista: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2,20). Os catequizandos precisam enxergar isso nos seus catequistas, através de suas ações e não apenas de suas palavras. O catequista precisa deixar-se seduzir a cada dia por Deus e envolver-se por seu amor infinito, ao ponto de já não viver por si mesmo, mas por Cristo.

Desta forma, encarnando o Evangelho em sua vida, o catequista conseguirá atrair os seus catequizandos para Cristo, numa adesão incondicional ao projeto de Jesus. E sua alegria será infinita, porque sabe que apesar das suas limitações Deus continua agindo no mundo por meio dele, oferecendo sempre uma nova oportunidade à humanidade.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dinâmicas

CONSTRUÇÃO DE UMA CIDADE

Objetivo:
Reflexão sobre a realidade.

Material:
Fichas com nomes de profissões.

Como Fazer:
a) Cada participante recebe uma ficha com o nome de uma profissão e deve encarná-la.
b) Por um instante analisar a importância daquela profissão.
c) Depois da interiorização deve dizer: Vamos viajar porque aquela cidade fica distante (atitude de quem viaja no mar).
d) Depois dizer: o navio vai afundar só há um bote que pode salvar sete pessoas.
e) O grupo deverá decidir quais as profissões mais urgentes que devem ser salvas.
f) Analisar profundamente e iluminar com um texto bíblico.

Palavra:
Mt 7,26-27 e Salmos 127


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SENSAÇÕES DE VIDA OU MORTE

Objetivo:
Analisar a pratica e revisão de vida.

Material:
Duas velas uma nova e outra velha.

Como Fazer:
a) Grupo em círculo e ambiente escuro.
b) Eu..., tenho apenas cinco minutos de vida. Poderia ser feita em minha existência e deixar de fazer...(a vela gasta, acesa, vai passando de mão em mão).
c) Apaga-se a vela gasta e acenda a nova. Ilumina-se o ambiente.
d) A vela passa de mão em mão e cada um completa a frase: Eu..., tenho a vida inteira pela frente e o que eu posso fazer e desejo é ...
e) Analisar a dinâmica e os sentimentos.

Palavra:
Mt 6,19-24 e Salmos 1


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PERFUME - ROSA E BOMBA

Objetivo:
Celebração penitencial e compromisso.

Material:
Não há material, usar a imaginação.

Como Fazer:
a) O grupo deve estar em círculo.
b) Colocados, imaginariamente sobre a mesa, estão o perfume, a rosa e a bomba.
c) Um dos participantes pega inicialmente o vidro de perfume, faz o que quiser com ele e passa para o colega do lado.
d) Faz-se o mesmo com a rosa e por último com a bomba.

Palavra:
Mt 7, 7-12 e Salmos 101


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VALORES

Objetivo:
Reconhecer os valores e qualidades.

Material:
Cartões com valores escritos.

Como Fazer:
a) Cada pessoa recebe um cartão com um valor que ela possua.
b) Deixar um momento para a reflexão pessoal.
c) Depois cada um vai dizer se considera ter mesmo este valor ou não. E se reconhece no grupo alguém que tem o mesmo valor.
d) Só no final da dinâmica, alguns guardam para si, outros souberam reconhecer este valor em outra pessoa, outros até dividem o cartão com quem tem o mesmo valor.

Palavra:
1Cor. 12,4-11 e Lucas 1, 46-55


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VALORES II

Objetivo:
Ressaltar o positivo do grupo.

Material:
Folhas, canetas e alfinetes.

Como Fazer:
a) Cada participante recebe uma folha em branco.
b) Depois de refletirem um momento sobre suas qualidades, anotam na folha colocando o seu nome.
c) Em seguida prendem a folha com alfinete nas costas e andam pela sala, um lendo os valores dos outros e acrescentando valores que reconhecem no companheiro.
d) Só no final todos retiram o papel e vão ler o que os colegas acrescentaram.

Palavra:
Ef 4, 1-16 e Salmos 111


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A MALETA

Objetivo:
Conscientização sobre a estrutura da sociedade que reforça a defesa dos interesses particulares, não estimulando o compromisso solidário.

Material:
Uma maleta chaveada, chave da maleta, dois lápis sem ponta, duas folhas de papel em branco, dois apontadores iguais.

Como Fazer:
a) Forma-se duas equipes.
b) A uma equipe entrega-se a maleta chaveada, dois lápis sem ponta e duas folhas de papel em branco dentro da maleta.
c) A outra equipe entrega-se a chave da maleta e dois apontadores iguais.
d) O coordenador pede que as duas equipes negociem entre si o material necessário para cumprimento da tarefa que é a seguinte: Ambas deverão escrever: "Eu tenho Pão e Trabalho".
e) A equipe vencedora será a que escrever primeiro e entregar a frase para o coordenador.
f) A frase deve ser anotada no quadro ou em cartaz em letra grande e legível.

Palavra:
2Cor 9, 6-9 e Salmos 146


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VIRAR PELO AVESSO

Objetivo:
Despertar o grupo para a importância da organização.

Como Fazer:
a) Formar um círculo, todos de mãos dadas.
b) O coordenador propõe o grupo um desafio. O grupo, todos deverão ficar voltados para fora, de costas para o centro do círculo, sem soltar as mãos. Se alguém já conhece a dinâmica deve ficar de fora observando ou não dar pistas nenhuma.
c) O grupo deverá buscar alternativas, até conseguir o objetivo.
d) depois de conseguir virar pelo avesso, o grupo deverá desvirar, voltando a estar como antes.

Comentários:
1. O que viam? Como se sentiram?
2. Foi fácil encontrar a saída? Porquê?
3. Alguém desanimou? Porquê?
4. O que isto tem a ver com o nosso dia a dia?
5. Nossa sociedade precisa ser transformada?
6. O que nós podemos fazer?

Palavra:
Ex 18, 13-27 e Salmos 114


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APOIO

Objetivo:
Mostrar-lhes a importância de se apoiar no irmão.

Como Fazer:
a) O coordenador deve pedir a todos os participantes que se apoiem em um pé só, onde deverão dar um pulo para frente sem colocar o outro pé no chão, um pulo para a direita outro para esquerda, dar uma rodadinha, uma abaixada e etc.

Mensagem:
Não podemos viver com o nosso individualismo porque podemos cair e não ter força para levantar. Por que ficarmos sozinhos se temos um ombro amigo do nosso lado?


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ARTISTA

Objetivo:
Mostra a todos que se não tivermos Deus em nossa vida tudo fica fora do lugar.

Material:
Lápis e papel.

Como Fazer:
a) O dirigente pede para os participantes fecharem os olhos.
b) Peça a cada participante que desenhe com os olhos fechados uma:

- Casa
- Nessa casa coloque janelas e portas.
- Ao lado da casa desenhe uma arvore.
- Desenhe um jardim cercando a casa, sol, nuvens, aves voando.
- Uma pessoa com olhos, nariz e boca.
- Por fim peça para escreverem a seguinte frase: SEM A LUZ DE DEUS PAI, DEUS FILHO, DEUS ESPÍRITO SANTO, TUDO FICA FORA DO LUGAR.
c) Peça para abrirem os olhos e fazer uma exposição dos desenhos passando de um por um.

Comentário:
Sem a luz e a presença do Pai, toda obra sai imperfeita. Deus é única luz. Sem ela só há trevas.


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DIFICULDADE

Objetivo:
Esclarecer valores e conceitos morais. Provocar um exercício de consenso, a fim de demonstrar sua dificuldade, principalmente quando os valores e conceitos morais estão em jogo.

Como Fazer:
a) O coordenador explica os objetivos do exercício.
b) A seguir distribuirá uma cópia do "abrigo subterrâneo" a todos os participantes, para que façam uma decisão individual, escolhendo as seis pessoas de sua preferência.
c) Organizar, a seguir, subgrupos de 5 pessoas, para realizar a decisão grupal, procurando-se alcançar um consenso.
d) Forma-se novamente o grupo maior, para que cada subgrupo possa relatar o resultado da decisão grupal.
Segue-se um debate sobre a experiência vivida.

ABRIGO SUBTERRÂNEO
Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio.

Aproxima-se um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar seis pessoas.
Há doze pessoas interessadas a entrar no abrigo.
Faça sua escolha, destacando seis somente.
Um violinista, com 40 anos de idade, narcótico viciado;
Um advogado, com 25 anos de idade;
A mulher do advogado, com 24 anos de idade, que acaba de sair do manicômio. Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele;
Um sacerdote, com a idade de setenta e cinco anos;
Uma prostituta, com 34 anos de idade;
Um ateu, com 20 anos de idade, autor de vários assassinatos;
Uma universitária que fez voto de castidade;
Um físico, com 28 anos de idade, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo sua arma;
Um declamador fanático, com 21 anos de idade;
Uma menina com 12 anos e baixo QI;
Um homossexual, com 47 anos de idade;
Um deficiente mental, com 32 anos de idade, que sofre de ataques epilépticos.


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PESSOAS BALÕES

Objetivo:
Reflexão sobre a vivência comunitária; reflexão sobre as dificuldades em se superar críticas ou ofensas recebidas.

Material:
Um balão cheio e um alfinete.

Como Fazer:
a) O coordenador deve explicar aos participantes porque certas pessoas em determinados momentos de sua vida, se parecem com os balões:

- Alguns estão aparentemente cheios de vida, mas por dentro nada mais têm do que ar;
- Outros parecem ter opinião própria, mas se deixam lavar pela mais suave brisa;
- Por fim, alguns vivem como se fossem balões cheios, prestes a explodir; basta que alguém os provoque com alguma ofensa para que (neste momento estoura-se um balão com um alfinete) "estourem".
b) Pedir que todos dêem sua opinião e falem sobre suas dificuldades em superar críticas e ofensas.


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SER IGREJA

Objetivo:
Realçar a importância de cada um de nós na comunidade cristã.

Material:
Uma folha em branco para cada um.

Como Fazer:
a) Entregar uma folha de papel ofício para os participantes.
b) Pedir para todos ao mesmo tempo, movimentar as folhas e observar; todos unidos formarão uma sintonia alegre, onde essa sintonia significa nossa caminhada na catequese, e quando iniciam alguma atividade estaremos alegres e com isso teremos coragem de enfrentar tudo, quando catequizar é nossa salvação.
c) Mas no decorrer do tempo, as dificuldades aumentaram, ficamos desmotivados por causa das fofocas, reclamações, atritos etc. Com isso surgem as dificuldades, os descontentamentos.
d) Juntos vamos amassar a nossa folha para que não rasque, e voltaremos a movimentar a folha, todos juntos, verificando que não existe a sintonia alegre, agora só resta silêncio.
e) Pegaremos essa folha, colocando-a no centro da mão e fechando a mão, torcendo o centro da folha, formará uma flor.
f) Essa flor será nossa motivação, nossa alegria daqui pra frente dentro da catequese.

Comentário:
É um convite para uma esperança, para que assumamos a responsabilidade de realizar a vida. Todos nós apenas uma parcela pessoal e social, nessa construção de uma humanidade nova? Cheia de esperança e realizações.

Palavra:
Mc 3, 31 - 35


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O BARCO

Objetivo:
Aumentar a fé em Jesus; conscientizar o ser missionário de cada um; vestir a camisa de Cristo.

Material:
Uma folha em branco para cada um.

Como Fazer:
a) Somos chamados por Deus à vida, e esta nossa vida nós podemos representar como um barco que navega em alto mar. (fazer o barco de papel).
b) Há momentos da nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos momentos nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva à naufragar. Para não corrermos o risco de naufragar precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso vejamos o que pode estar pesando dentro desse barco.
c) O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo. Ex: Ambição, drogas, televisão, inveja, etc.
d) Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)
e) Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: egoísmo, infidelidade, impaciência, desamor, falta de oração, etc. (Cortar a ponta do lado esquerdo do barco)
f) Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta para cima: é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível)
g) Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou. (Abrindo parece uma camisa)

Comentário:
a) Somos chamados por Deus à vida, e esta nossa vida nós podemos representar como um barco que navega em alto mar. (fazer o barco de papel).
b) Há momentos da nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos momentos nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva à naufragar. Para não corrermos o risco de naufragar precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso vejamos o que pode estar pesando dentro desse barco.
c) O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo. Ex: Ambição, drogas, televisão, inveja, etc.
d) Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)
e) Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: egoísmo, infidelidade, impaciência, desamor, falta de oração, etc. (Cortar a ponta do lado esquerdo do barco)
f) Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta para cima: é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível)
g) Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou. (Abrindo parece uma camisa)

Palavra:
Mt 8, 23 - 27

Família

 
“Família, formadora de valores humanos e cristãos”. Este é o tema da Semana Nacional da Família, que começa no próximo domingo, 8, dia dos pais. Esta é a 14ª edição do evento e repete o tema do 6º Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu no México, em janeiro de 2009.
“Nessa semana, as comunidades eclesiais, escolas, clubes, associações, animadas pela Pastoral Familiar, têm um espaço para preparar e organizar programações diversas, revigorando a integração familiar e ressaltando as virtudes e valores da família
“, disse o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Orlando Brandes.

“Queremos criar cada vez mais a tradição da Semana Nacional da Família, nas dioceses e nas paróquias de todo o Brasil. Fazer com que as famílias possam refletir sobre os temas, não somente na Semana Nacional, mas todos os dias”, completou dom Orlando.

Durante a semana, as paróquias trabalharão o tema de acordo com o livro “A Hora da Família 2010”, elaborado pela Comissão. O livro traz roteiros para celebrações nos lares, nos grupos e escolas.

Dízimo Mirim

Dízimo é Amor

formação

História da catequese


Século primeiro: do hino à narração
Neste primeiro século devido às características que estavam presentes no modo de catequizar dos primeiros cristãos, podemos dividi-lo em dois momentos. Primeiramente devemos ter em mente que os cristãos, em sua maioria vinham do Judaísmo, e tiveram contato pessoalmente com Jesus. Muito já sabiam sobre ele. Por isso até o ano 70 a catequese era feita de forma hinológica, ou seja, com forte orientação batismal e muito voltada para o alto: tendo Jesus como Senhor, ressuscitado, Juiz, que voltará logo. Também no ano 70 houve a destruição de Jerusalém e a diáspora, ou seja, a dispersão dos judeus e Judeu-cristãos, ocasionando um maior contato com a cultura pagã. A 2ª e a 3ª gerações não viram e não tinham conhecimento profundo do messias, principalmente os pagãos. Então sentiram a necessidade de refletir mais um Jesus, também, histórico. Conseqüentemente a catequese toma uma nova característica: passa de hinológica para uma narrativa dos fatos da vida de Jesus. Foi justamente aí, neste contexto, que nasceram os evangelhos, que são o maior material catequético que um cristão pode ter....
Anos 100 a 400: o catecumenato (Batismo crisma e eucaristia).
Nos primórdios, as pessoas que queriam fazer parte do cristianismo precisavam fazer duas coisas: pedir o batismo e professar a fé no Cristo. Então logo esta pessoa era inserida no meio da comunidade como um membro ativo na Igreja. Porém dois acontecimentos mudaram, mais uma vez o rumo da catequese:
Primeiro: A diáspora: No ano 70 com a dispersão dos judeus e judeu-cristãos, os cristãos mantêm um maior contato com a cultura greco-romana, ocasionando muitas conversões de romanos e gregos ao cristianismo.
Segundo: A perseguição: O Império romano, liderado por Nero, persegue os neoconvertidos. Estas duas situações exigiam uma catequese muito bem fundamentada, para corresponder aos "ataques" referentes a doutrina dos apóstolos. Esta catequese teria como objetivo combater as heresias (desvios da fé em pontos essenciais). E também evitar que os cristãos capturados pelos romanos se tornassem apóstatas, negadores da fé.
Para combater esses problemas a catequese toma uma forma mais rigorosa e exigente. A partir daí surge o catecumenato: tratava-se de um período de três anos de preparação para o batismo. Refletindo profundamente o modo de vida dos cristãos, seus costumes, etc. Depois deste tempo era realizado uma espécie de escrutinho, se o candidato fosse aprovado, passava a ser um ouvinte-observador dos crentes. Depois de três anos um novo exame, que o tornava eleito para a preparação imediata para o batismo. Nesta "preparação imediata", recebia o creio e o pai nosso para o candidato estudar em oito dias depois. Quando, enfim, recebia o sacramento do batismo era chamado de Neófito, que quer dizer regenerado, recebia os sacramentos de iniciação: catequese mistagógica.
A responsabilidade de todo esse processo era de uma catequista, que em nome da comunidade, se encarregava não só da instrução religiosa mas também da verificação das mudanças de comportamento do candidato. Outra grande característica deste tempo é o surgimento de várias escolas de catequese, dentre as quais podemos destacar as mais famosas como a escola de Alexandria, no Egito; escola catequética de Cesária; e a escola de Antioquia, lugar onde os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez.(At 11, 26).
500 a 600: Início de uma nova fase
Neste tempo o Império romano começa a declinar devido a invasão dos bárbaros no ocidente. Até então a catequese era caracterizada por uma visão mais oriental, ou seja, sua doutrina fundamentava-se nos grandes Concílios: Nicéia e Constantinopla, esquecendo da realidade concreta. A causa de tudo isso era simplesmente uma ideologia reinante no oriente: tudo que é ligado ao corpo, ao material era ruim (gnosticismo), por isso suas reflexões teológicas estavam centradas num Cristo "Pantocrator" (rei todo poderoso). Esta invasão bárbara fez com que a Igreja voltasse a sua catequese para um Cristo mais histórico: o sofredor, crucificado, o pecado original, a liberdade de consciência, a eficácia e validade dos sacramentos. Começa então o declínio do catecumenato e o batismo de crianças torna-se uma prática comum.
600 a 1500: A cristandade
Depois da chegada dos bárbaros no Império romano o número de analfabetos aumenta, conseqüentemente a catequese sofre nova mudança: passa a ser muito mais reduzida à pregação. Além disso, por causa da união entre a Igreja e o estado, o cristianismo muito se consolidou. Então todos por medo ou por interesse tornam-se cristãos. Também neste tempo a Igreja adaptou e assimilou muitos costumes pagãos, cristianizando-os. Mais interessante ainda é vermos que não só a sociedade mas tudo era cristão: o tempo-- medido pelo sino da Igreja, a festa do santo (os nossos dias de semana) por exemplo, a arte-teatro, poesias, o canto gregoriano...Cresce a devoção e diminui a formação, esta que começava a ser responsabilidade dos pais e dos padrinhos.
A catequese na época moderna
Nesta época, entre 1550-1600, a Igreja ao ver a necessidade de muita formação para os leigos resolve elaborar grandes catecismos, os quais continham uma doutrina muito bem formulada e exata, que conseguiria suprir às necessidades da instrução dos fiéis. Dentre estes destacamos os seguintes catecismos:
De Lutero, em 1529.
O de são Pedro Canísio, no ano 1555. O de são Carlos Borromeu, em 1566 ( dedicado aos padres ). O de são Belarmino, em 1597 e muitos outros.
Depois do Concílio de Trento a Igreja adotou um catecismo em perguntas e respostas, o qual deveria ser memorizado pelos leigos para que assim permanecessem firmes na sua fé, rebatendo a doutrina protestante. A etapa do livrinho "o catecismo" durou quatro séculos.
Catequese como educação permanente na fé
No século 20 redescobriram na catequese a importância da iniciação cristã e o seu lugar na comunidade de fé. Depois do Concílio Vaticano II a Igreja mais uma vez passa por um processo de amadurecimento. Não mais se identifica com a sociedade. Volta a consciência de Igreja sinal, sacramento, luz, sal do mundo, Igreja comunidade de fé, de culto e de fraternidade. Para isso contribuíram os movimentos: *Bíblicos *Patrísticos (escritos dos padres da Igreja), *litúrgico, *querigmáticos (anúncio); as descobertas: da psicologia, da pedagogia e de outras ciências humanas como auxílio à catequese.
E a catequese começa a se concretizar em:
"Voltar o espírito da educação permanente da fé, para a participação e comunhão na comunidade de fé; voltar a iniciativa do catecumenato; voltar a dar importância as pequenas comunidades, lugar de consciência, ponto de partida para o testemunho no mundo; mostrar a necessidade de conversão e de compromisso no meio de uma comunidade cristã para a formação de um novo mundo". É por estes motivos que o objetivo da catequese é despertar nas pessoas a consciência de uma sociedade sólida e firme na fé. Uma sincera conversão e um compromisso com a comunidade par a transformação do mundo e a renovação da Igreja. João Paulo II recomenda aos Bispos:
"Que a preocupação de promover catequese ativa e eficaz não ceda nada frente a qualquer outra preocupação, seja ela qual for".

catequese

                    Um/a catequista bem preparado/a
será capaz de formar discípulos de Jesus comprometidos 
com a causa do Evangelho e do Reino:
vida plena para todos. 
Isto inclui todas as dimensões da vida humana, 
que precisam ser fecundadas 
pela semente do Evangelho.
A formação é o espaço que temos para nos tornar
“adultos na fé rumo à maturidade em Cristo”.