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“Pouco valor terá a catequese, mesmo substanciosa e segura, se não for transmitida com eficiência de expressão e apoio daqueles subsídios didáticos que hoje se apresentam sempre mais ricos e sugestivos”.
(João Paulo II)

terça-feira, 22 de março de 2011

CRISMA FORMAÇÃO

*CRISMA*

O que é a Crisma? O que acontece quando alguém é crismado?

Quando Deus nos chama é preciso dar a nossa resposta a este chamado.
Crismar-se é aceitar o chamado de Deus.

Veja alguns exemplos de como isso acontece em: (Mc 1, 16-20) e (Jonas).

Como vimos, crismar-se é muito importante, tão importante que a crisma imprime no crismado, a marca de CRISTÃO.

Crismar-se significa:
Decidir-se por opção própria.
Vivenciar a fé, a esperança e a caridade.
Aceitar os compromissos do batismo e vivê-los.
Vivenciar a palavra de Deus.
Colocar os dons a serviço de Deus.
Despojar-se.
Participar da santa missa e receber a Eucaristia.
Participar do sacramento da Reconciliação.
Aprofundar o espírito de oração.
Interessar-se pela leitura meditativa do evangelho.
Engajar-se na comunidade, interessando-se por suas atividades.
Criar ambiente de amizade e fraternidade nas comunidades em que convive.

Assuma um compromisso com Jesus! Até o dia de sua crisma, comprometa-se com Jesus a tornar hábito em sua vida, pelo menos duas das sugestões abaixo:

. Comungar nas missas
. Confessar-se frequentemente
. Assistir a pelo menos uma missa durante a semana
. Fazer adoração periódica ao Santíssimo Sacramento
. Trazer um amigo para a Igreja
. Ler a bíblia diariamente
. Rezar pelo menos duas vezes por dia
. Estudar a sua religião
. Rezar um terço por semana
. Engajar-se em alguma pastoral


Para responder e refletir:

1) Como os apóstolos reagiram ao chamado de Jesus ?

2) O que a crisma nos torna ?

3) Quais os pré-requisitos básicos para se crismar ?

4) Como foi o seu chamado para a crisma?

LEITURA DA BÍBLIA:

Atos dos Apóstolos

sábado, 12 de março de 2011

catequese


Ser Exemplo Hoje

Se um cristão tem que comunicar a fé, esperança e amor, ardor missionário, vibração e alegria, responsabilidade e dedicação, e tantas outras virtudes, deverá possuí-las antes. O Cristão não nasce; faz-se! Não podemos ser “pescadores de aquário”, como diz Dom Rafael Cifuentes. Entendeu-se que o líder, em suma, é aquele que auxilia o grupo a atingir seus objetivos em objetivos em uma determinada situação. O cristão, dessa forma, precisa ser exemplo perante os outros. Ser Cristão é ser líder, pois é aquele que conhece a verdade e tem a missão de transmiti-la aos outros. Eu preciso ser exemplo (“Sal da terra e luz do mundo”) perante minha família, meu ministério, meu grupo,  minha Igreja sempre, em todo o lugar e a toda a hora!!! O que adianta eu ser uma pessoa na igreja, nos encontros e eventos e outra totalmente diferente com a minha namorada, meu esposo, meus filhos, com meus amigos... Mascarado não dá mais pra viver! Temos que fazer nossas escolhas, sair de cima dos muros da indecisão (Ap 3, 15-16) Essa é a nossa maior vocação!

Mas assim que pensamos isso, vem as perguntas: Como? Por que? ... Se somos cristãos, devemos seguir o exemplo de Jesus. "Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou." (1Jo 2, 6) Se você é uma liderança religiosa,  precisa ser luz e exemplo para o próximo. Precisamso ser castos e Santos!! Deus não quer homens conformados com este mundo (Rm 12, 2); é preciso ir além e não tomar a forma dada por uma vida paganizada. Essa é a única maneira de discernir a vontade de Deus. Todo aquele que assume a Fé em Jesus, deve assumi-la incondicionalmente “Aquele que vive E crê em mim jamais morrerá” (Jo 11, 26)

Não podemos brincar se ser Igreja!!! Estamos em guerra contra um exército aguerrido e extremamente maligno, cujo comandante é um anjo decaído, chamado Satanás. É preciso RENUNCIAR, RESISTIR e Deus irá  RESTAURAR. Você tem vivido os Sacramentos? Participado da Eucaristia? Vivenciado a Confissão??... Amado(a),  Deus é tão fabuloso, que Ele nos deu: 2 olhos (um para contemplá-lo e o outro para o irmão), 2 orelhas (uma para escutar sua voz e outra para ouvir o próximo), 2 braços (um para o louvor e outro para ajudar o irmão), 2 pernas (uma para andar para o Evangelho de Cristo e outra para ir em direção ao outro). Nos temos que olhar para todos com um olhar transformador. Temos que ter desprendimento das coisas mundanas e ter mais segurança em Deus! Tenha certeza que, no “mínimo”, você terá o auxílio de 14 pessoas (Maria, José, e os doze Apóstolos), além dos Anjos e Santos. Com certeza, eles intercederão a Deus por ti e pela sua missão. Este questionamento é muito importante porque vemos que a figueira que não produz frutos é amaldiçoada por Jesus. “Meu justo viverá pela fé, mas se voltar atrás não contará com a minha estima” (Hb 10, 38).

            Para servir a Deus verdadeirmente, é necessário inúmeras virtudes: Humildade, Vida Interior, Ser Instrumento de Deus, ser um homem de Oração, inspirar segurança e confiança, ser laegre, dinâmico, saber escutar, ser discreto... SER SERVO. Mas existem as tentações e os grandes pecados para aqueles que estão a frente de algum ministério. Eis os grandes pecados: VAIDADE, CIÚME, SERVIR PELA METADE, SERVIR SEM AMOR, VOLVAR A VIDA ANTIGA, ORGULHO, AGIR PELA CARNE, FALTA DE COMPROMISSO, NÃO PARTILHAR, e a pior de todas... AQUELA QUE NÃO CONTAMOS A NINGUÉM, QUE NÃO PARTILHAMOS... AQUELA QUE NÃO ADMITIMOS QUE TEMOS... É A MAIS OCULTA E MAIS PERIGOSA DE TODAS!!!

            Não podemos criar um novo catecismo, viver e pregar o nosso próprio Evangelho, anunciar um Cristo light. Depois que JESUS morreu todos os discípulos ficaram com muito medo e viviam trancados. Pedro disse:  “Eu vou pescar e todos os outros disseram: Vamos contigo.” Esta é a primeira atitude que temos quando estamos em uma dificuldade, é voltar a vida velha, mas esta palavra diz que eles passaram a noite inteira e não pegaram nem um peixe e sabe porque???  Porque um dia este Pedro passou de pescador de peixes para ser pescador de homens e o mesmo acontece com todos nós. Um dia Jesus lhe disse algo que você pode até não lembrar de cabeça, mas está cravado em seu coração. Da mesma forma que Jesus conhecia a vocação de Pedro, ELE também conhece a sua. Eis o maior desafio do servo fiel a Deus: "É preciso que ele cresça e eu diminua" (João 3,30). Nós somos instrumentos de salvação de almas! A minha vida de ontem cheia de erros e de pecados não poder ser a mesma de hoje!

            Eis o que assinalou um padre: “Não vou à Igreja porque alguém me obriga... Não rezo porque tenho medo de Deus... Não tenho 'obrigações espirituais'... Ninguém me proíbe ou me condena, minha igreja apenas me orienta, me mostra o caminho, porque... ‘minha fé é expressão de minha liberdade!’ (Jo 6,67)

            Há muitas tarefas a serem realizadas, mas são poucos aqueles que as aceitam, ou melhor, entendem o verdadeiro chamado de Deus. Muitos não abrem espaço em suas vidas para Deus nem para o seu Evangelho, dizem não possuir tempo para tal. Madre Tereza de Calcutá sobre esse assunto costumava dizer: “Ter tempo é uma silenciosa declaração de amor”. Em Jeremias vemos a nossa vocação: Eu te constitui profeta para as nações” (Jr 1, 5). E para chegarmos ao Povo de Deus, precisamos ter maleabilidade, temos que trabalhar uma conscientização cristã, com carinho, dedicação e muito amor. Nós somos os instrumentos onde o Senhor pega a água (nossas qualidades) e a areia (nossos defeitos) e os coloca a serviço do Reino. Não se esqueça disso: Sozinhos, não somos nada; mas juntos, vencemos distâncias!
A paz!










sexta-feira, 4 de março de 2011

CONFISSÃO


Ajudando na hora do "face a face" com o padre...

                   Crisma chegando e a preparação aumentando! É chegada a hora da confissão e vocês não imaginam a minha surpresa/decepção ao saber que meus catequisandos confessaram-se pela última vez na lª comunhão! Acho que nem posso dizer última mas sim única! E com a notícia de que terão que ter um encontro face-a-face com o padre, eles entraram em pânico ...rs... e lá fui eu procurar e procurar uma maneira tranquila de mostrar a eles que não é nenhum bicho-de-sete-cabeças confessar-se com o padre... resultado das pesquisas estão aí :


Sacramento da confissão - Breve Catequese sobre o Sacramento da Confissão
Já que estamos nos preparando para a ressurreição do Senhor, nada melhor que nos confessarmos para esta festa tão especial e limpar o nosso coração de todo pecado...
Mas para que possamos nos confessar, vamos aprender um pouco sobre este lindo sacramento de amor e misericórdia do Senhor por nós.


1. O QUE É A CONFISSÃO?R: Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados, e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.


2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA? R: O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois dessas palavras (Jesus) soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem vocês perdoarem os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23)


3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA? R: Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu"(Mt 18,18).


4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO PARA UM HOMEM IGUAL A MIM? R: Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida a seus filhos, como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc.


5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?


R: Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com freqüência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros " (Tg 5,16 ).


6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO? R: Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições: a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus; b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo; c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, se converter; d) confissão objetiva e clara a um sacerdote; e) cumprir a penitência que o mesmo nos indicar.


7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO? R: Diga o tempo transcorrido desde a última confissão. Acuse (diga) seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Fale resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto).


8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?


R: Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à misericórdia Divina. Quem a pratica, comete um pecado grave de sacrilégio.


9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR? R: Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.


10. O QUE SÃO PECADOS GRAVES (MORTAIS) E SUAS CONSEQÜÊNCIAS? R: São ofensas graves à Deus ou ao próximo. Apagam a caridade no coração do homem; desviam o homem de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: "Há pecado que leva à morte" (1Jo 5,16b).


11. O QUE SÃO PECADOS LEVES (ou também chamados de VENIAIS)? R: São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda iniqüidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (1Jo 5, 17).


12. PODEIS DAR ALGUNS EXEMPLOS DE PECADOS GRAVES? R: São pecados graves por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros.


13. QUER DIZER QUE TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ CONDENADO? R: Merece a condenação eterna. Porém somente Deus que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa pode julgar.


14. E SE TENHO DÚVIDAS SE COMETI PECADO GRAVE OU NÃO?R: Para que haja pecado grave (mortal) é necessário: a) conhecimento, ou seja a pessoa deve saber, estar informada que o ato a ser praticado é pecado; b) consentimento, ou seja a pessoa tem tempo para refletir, e escolhe (consente) cometer o pecado; c) liberdade, significa que somente comete pecado quem é livre para fazê-lo; d) matéria, significa que o ato a ser praticado é uma ofensa grave aos mandamentos de Deus e da Igreja. Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os mandamentos de Deus.


15. SE ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?


R: Se esquecestes realmente, o Senhor te perdoou, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote em uma próxima confissão.


16. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO? R: Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se nós cometemos livremente uma falta contra um mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais. (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas seu pecado é muito grave).


17. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA? R: O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, ao menos para preparar-se para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda vez que cometemos um pecado mortal.


18. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE? R: Toda confissão apaga completamente nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. Nos dá a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranqüilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demônio em nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Nos exercita na humildade e faz crescer todas as virtudes.


19. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO? R: Se somos conhecidos de nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo caso antes de se confessar converse com o sacerdote sobre a sua dificuldade. Ele usará de caridade para que a sua confissão seja válida sem causar-lhe constrangimentos. Lembre-se, ele está no lugar de Jesus Cristo!


20. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FINAL DA CONFISSÃO? R: A penitência proposta no fim da confissão não é um castigo; mas antes uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.

CORPUS CHRISTI


                                   História da Solenidade de Corpus Christi



No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses, em Fosses, e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que ela teve da Igreja, sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, a Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos, e a Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja e mais tarde Papa Urbano IV.
O bispo ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo, o Papa ordenou que um monge, de nome João, escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu esse costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.
Naquela época, o Papa Urbano IV tinha sua corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde em 1263 (ou 1264) aconteceu o famoso Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração da hóstia fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Hóstia, viu sair dela sangue, que empapou o corporal (pequeno pano onde se apóiam o cálice e a patena durante a Missa). A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conserva o corporal, em Orvieto, onde também se pode ver a pedra do altar de Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre, movido pelo prodígio, e por petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula "Transiturus", de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes, e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício nesse dia.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou de escrever um ofício - o texto da liturgia - a São Boa-ventura e também a Santo Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler, em voz alta, o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura o achou tão bom que foi rasgando o seu em pedaços, para não concorrer com o de São Tomás de Aquino.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 foi promulgada uma recompilação das leis - por João XXII - e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida, a partir da Bélgica, entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declarou que, muito piedosa e religiosamente, foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, em determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Dessa forma, os cristãos expressam sua gratidão por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

fonte:http://www.portaldafamilia.org.br

VOCAÇÃO CATEQUISTA


VOCAÇÃO DO CATEQUISTA: ANÚNCIO DO REINO E TESTEMUNHO DE SANTIDADE

1. INTRODUÇÃO

Antes de falarmos sobre a pessoa do catequista, convém recordar algumas verdades que fundamentam sua ação pastoral, já que este fala em nome da Igreja e é enviado por ela para exercer sua missão.

Em primeiro lugar é importante ressaltar que a Igreja « existe para evangelizar », isto é, para « levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade », conforme nos ensina o Papa Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (EN 14).

O Diretório Geral para a Catequese (DGC), afirma que a evangelização tem como finalidade convidar homens e mulheres à conversão e à fé (DGC 53). E este chamado de Jesus, « arrependei-vos e crede no Evangelho » (Mc 1,15), continua a ressoar hoje, mediante a evangelização da Igreja, que pode ser realizada de muitas formas. Entre estas, destaca-se a catequese. O ‘momento’ da catequese é aquele que corresponde ao período em que se estrutura a conversão a Jesus Cristo, oferecendo as bases para aquela primeira adesão (DGC 63). A catequese, « distinta do primeiro anúncio do Evangelho » (DGC 182) promove e faz amadurecer esta conversão inicial, educando à fé o convertido e incorporando-o na comunidade cristã.

A catequese na Igreja é uma praxe que remonta à época apostólica, mas que tem a sua fonte primeira no próprio Jesus, que foi um excepcional mestre de doutrina e de vida. Ele era chamado pelos discípulos e pelas multidões de rabbi, isto é, mestre (cf. Jo 1,49; 3,2; 4,31; 6,25; 9,2; 11,8). Ensinou durante a sua vida ministerial com uma autoridade que causava espanto e admiração em todos os que o ouviam, e que superava sem medidas a forma com que ensinavam os mestres da lei da sua época (cf. Mc 1,22).

Hoje em dia, ainda que a catequese seja uma responsabilidade de toda a comunidade cristã, há algumas pessoas que recebem um encargo especial, nesta tarefa pastoral. São elas:

• Os Bispos: primeiros responsáveis pela catequese, catequistas por excelência ;

• Os sacerdotes: pastores e educadores da comunidade cristã;

• Os pais: primeiros educadores dos próprios filhos à fé;

• Os leigos: grande maioria no desempenho da pastoral catequética.

Vamos nos deter, agora, na vocação do catequista, enquanto leigo.


2. A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA 

Afirma o Diretório Geral para a Catequese que “a vocação do leigo à catequese tem origem no sacramento do Batismo e se fortalece pela Confirmação, sacramentos mediante os quais ele participa do « ministério sacerdotal, profético e real » de Cristo. Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus, a assumirem a tarefa de catequistas. A Igreja suscita e distingue esta vocação divina, e confere a missão de catequizar. Dessa forma, o Senhor Jesus convida homens e mulheres, de uma maneira especial, a segui-Lo, mestre e formador dos discípulos.

Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele são o verdadeiro motor da ação do catequista. É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-Lo, de «evangelizar», e de levar outros ao « sim » da fé em Jesus Cristo “(DGC 231).

Ser catequista é uma vocação! É um chamado da parte de Deus para uma missão. O catequista, ao sentir esse chamado verifica que necessita compreender melhor seu trabalho missionário.

Sentir-se chamado a ser catequista e a receber da Igreja a missão para fazê-lo pode adquirir, de fato, diversos graus de dedicação, segundo as características de cada um.


3. O CATEQUISTA É DISCÍPULO DE JESUS 

O catequista é um instrumento vivo, através do qual Deus se comunica com os homens; é um educador da fé e não um mero repetidor de uma doutrina; é um transmissor do Evangelho com a própria vida, seguindo o conteúdo, o estilo, os critérios e os métodos de Jesus, aprendendo a ter os seus mesmos sentimentos (cf. Fl 2, 5-11).

Então, o CATEQUISTA é um homem ou uma mulher, escolhido (a) por Deus, através da sua Igreja, e por ela encarregado (a), para ser um sinal-instrumento eficaz para transmitir, com a própria vida e pela Palavra, a Boa Nova do Reino Deus que aconteceu em Jesus Cristo.

O catequista se torna assim um mediador entre o diálogo que Deus quer empreender com todos os homens. É uma pessoa que por primeiro encontrou e aderiu à Cristo e à sua Palavra tornando-se, por isso, uma testemunha deste encontro e desta adesão. É um “mestre” que busca ajudar aos outros homens, seus irmãos, a descobrirem e a conhecerem aquilo que Deus falou e quer e deles espera como resposta de amor: “que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,40). É um educador, que conduz cada pessoa a desenvolver o germe da fé batismal, isto é, aquilo que cada um possui de melhor dentro de si, ou seja, Jesus Cristo, dom impresso pela graça batismal.

Enfim, o catequista é uma testemunha, capaz de santificar Cristo em seu coração e que está sempre pronto a dar razão de sua esperança a todos aqueles a pedirem. Isto se torna, por assim dizer, uma tarefa ainda maior nos nossos dias, que imersos num contexto secularizado e de inversão de valores, exigem do catequista uma capacidade de incarnar no mundo a própria fé e de comunicá-la de modo convincente e crível, a fim de que os homens possam se libertar de tudo aquilo que é contrário à sua dignidade de filhos de Deus.

Como educador da fé dos seus irmãos, o catequista é devedor a todos do Evangelho que anuncia, ao mesmo tempo em que se deixa educar pela fé e pelo testemunho daqueles que catequiza.


4. O CATEQUISTA É UM CHAMADO A ANUNCIAR O EVANGELHO 
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi” (Jo 15,16). 

O catequista é enviado, “é, de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35). Ser destinatário de um dom de Deus e tornar-se dom de Deus para os outros, deve fazer surgir no catequista a exigência de um forte crescimento espiritual. Ele deve ser o discípulo que está em constante escuta do seu Mestre. Como Maria, a primeira dos discípulos do seu Filho, assim o catequista deve saber acolher com humildade e meditar a Palavra do Evangelho, referindo e pautando a própria vida nesta Palavra.

Deus nos chama e nos envia em missão de realizar o seu plano de salvação e de resgate de vida. Mas, para bem realizar esta tarefa, “é preciso não só “fazer” seu trabalho, mas acreditar nele. A idéia essencial que deve dominar toda a nossa atividade é: “somos instrumentos”. O primeiro sentimento que brota dessa tomada de consciência é o de profunda humildade. Nessa tarefa de evangelização, CRISTO nos precede no coração humano. É imprescindível contar com a graça de Deus”(Me. Ma. Helena Cavalcanti).

Um outro ponto fundamental, é o testemunho de vida do catequista: sejamos transparentes à verdade que ensinamos.

O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica “Catequese Hoje”, afirma “a tarefa do catequista: apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho” (CT 147). Portanto, “a alegria é um bom método de aprendizagem” (Me. Ma. Helena Cavalcanti).

Santo Agostinho, no século V da era cristã, deixou grandes ensinamentos sobre a alegria e a catequese e que são úteis até os dias de hoje: “A grande preocupação existe na maneira de narrar, para que aquele que catequiza, quem quer que seja, o faça com alegria: tanto mais agradável será a narração, quanto mais puder alegrar-se o catequista” (Instrução dos catecúmenos).


5. O CATEQUISTA É UM CHAMADO A ANUNCIAR O EVANGELHO NA IGREJA 
“Quem vos ouve, a Mim ouve” (Lc 10,16). 

O Evangelho que o catequista anuncia é o Evangelho que a Igreja lhe confia. Por isso, a fidelidade à tarefa de educador da fé que lhe é dada pela Igreja se exprime, antes de tudo, na comunhão e na fidelidade ao seu vivo magistério. Consciente de ser porta-voz da Igreja, nela a sua experiência de fé vem assegurada, de modo que o que ensina não é uma Palavra qualquer, mas a mesma Palavra viva que o tornou catequista.

Fidelidade à Igreja não é somente fidelidade a um mandato recebido, é também uma participação de fé na vida eclesial; é sentir-se parte ativa da Igreja local na qual exerce o serviço. Esta participação não pode, enfim, confinar-se somente no âmbito do anúncio da Palavra, mas deve abrir-se a todas as dimensões da vida eclesial e paroquial.


6. O CATEQUISTA É UM CHAMADO A ANUNCIAR O EVANGELHO NA IGREJA A SERVIÇO DO HOMEM 
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28). 

Estando a serviço de Deus, em nome da Igreja, o catequista sabe-se chamado e enviado para um serviço aos irmãos. São testemunhas e partícipes de um mistério que vivem e que comunicam aos outros com amor. O fato mesmo de estar enraizado em Deus e na sua Igreja impulsiona o catequista a viver com os outros e para os outros.

O catequista deve saber se colocar próximo aos homens e caminhar com eles, na escuta das suas exigências, sobretudo daqueles que são considerados os últimos na sociedade: os pobres, os marginalizados e os que não são considerados capazes, por serem portadores de deficiência física ou mental. O catequista assume concretamente a história do homem e dela se torna atento leitor. Servidor da Palavra de Deus que é para o homem, ele se qualifica em particular como animador da comunidade, favorecendo a participação de todos e a tomada de consciência da história que se vive. O respiro de uma autêntica catequese vai além dos muros paroquiais e atua também fora deles em atenção viva e generosa do catequista aos problemas da sociedade.


7. CONCLUSÃO: O CATEQUISTA É CHAMADO À SANTIDADE

Na Carta Apostólica Novo Millenio Ineunte, o Papa João Paulo II enfatiza a necessidade de buscarmos a santidade em toda e qualquer atividade pastoral: “Em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade (...) Na verdade, colocar a programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial. Perguntar a um catecúmeno: « Queres receber o Batismo? » significa ao mesmo tempo pedir-lhe: « Queres fazer-te santo? » Significa colocar na sua estrada o radicalismo do Sermão da Montanha: « Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste »” (Mt 5,48) – (NMI 30;31).
“Concedei-nos, Senhor, a grande alegria de sermos fiéis Mensageiros de Vossa Ressurreição, por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança e um anúncio da salvação na caridade.”  (Madre Maria Helena Cavalcanti)



Fontes: 
*http://www.npdbrasil.com.br
BIBLIOGRAFIA
. Diretório Catequético Geral (1971) e Diretório Geral para a Catequese (1997)
. Catequese Renovada (1983). CNBB
. Novo Millenio Ineunte. João Paulo II. 2001
. “Ser Catequista” – Pe. Assis Moser e Pe. André Biernaski

querigma


O querigma e a catequese foram utilizados por Jesus por dois meios:
 a pregação e o ensino. 
Na pregação Jesus despertava nos corações o desejo de conhecero Reino e mostrou as condições básicas para entrar nele.
No ensino, Jesus procurou fortalecer as convicções interiores, dando critérios de vida e ensinando valores para a vida das pessoas.

A pregação é o primeiro anúncio, o ensino é a continuidade. A pregação é o despertar da fé; o ensino é o viver da fé. O anúncio é ser inebriado do amor de Deus; o anúncio nos leva a combater o pecado. A pregação nos leva a Deus, o ensino nos faz ir aos irmãos.
Portanto, Pregar é anunciar o Querigma e Ensinar é Catequisar.

A vida nos é dada graças a fé com que respondemos ao anúncio querimático, mas a vida em abundância alcança sua plenitude graças à catequese vivida com fé. Apesar de serem distintas, uma precisa da outra. O querigma é a base da construção e a catequese o restante da obra.

Não adianta ensinar e depois anunciar. Seria como dar alimento as mortos, e os mortos não precisam de alimento, precisam ressuscitar, nascer de novo, ter vida. O primeiro anúncio dá vida, a catequese alimenta.

Querigma - Anunciar

leva a nascer de novo, ter vida.
apresenta Jesus morto, ressuscitado, glorificado, Salvador, Senhor e Messias.
proclama-se a Jesus como a Boa Nova; testemunho pessoal.
precisa de um evangelizador, testemunho cheio do Espírito Santo.
as metas são: experiência do amor de Deus e de nosso ser pecador; encontro pessoal com Jesus pela fé e conversão; receber o dom do Espírito Santo; proclamação de Jesus como Salvador.

Catequese - Ensinar

leva a crer em Cristo, ter vida em abundância.
apresenta a doutrina da fé, moral, bíblia, dogma...
ensino ordenado e progressivo; fé de toda a igreja.
precisa de um catequista e mestre cheio do Espírito Santo.
as metas são: encontro com o corpo de Cristo; a igreja; santidade do povo de Deus.

Podemos encontrar vários exemplos de querigma e catequese na bíblia, entre eles:
- exemplos querigmáticos: Mc 8, 27-30. Jo 3, 1-8.
- exemplos catequéticos: Lc 6, 37-31. Mt 5, 21-26.
- exemplos querigmáticos e catequéticos: Mt 4, 23. Lc 11,27-28.

quinta-feira, 3 de março de 2011

CRISMA FORMAÇÃO

QUE É SER CRISMADO?

•  Ser crismado é receber o dom do espírito de Cristo. São estas palavras que o bispo dirá, ao impor as mãos sobre cada um de vocês e ungindo-os. “Recebe por este sinal o Dom do Espírito Santo”!

•  Ser crismado é tornar-se um cristão adulto na fé, um cristão que deixa de ser um católico só “de boca”, alienado, inseguro, infantil, que só pensa em si,  que nada sabe dar! O crismado assume sua fé e  sabe    testemunhar, com palavras e obras, sua          adesão a Cristo.

•  Ser crismado é tornar-se um membro responsável e atuante em sua comunidade eclesial. Ele não é “mais um na Igreja”, um daqueles católicos anônimos ou parasitas que da Igreja só sabem receber, mas um leigo que sente, ama, defende e ajuda a Igreja de Jesus Cristo, como sua Igreja. A comunidade cristã pode contar com ele, em todas as horas.

•  Ser crismado é tornar-se apóstolo, profeta e missionário de Jesus Cristo. Ele é um sujeito que entendeu que Cristo, os outros, o mundo precisam dele: que disse “sim” ao chamado de Cristo e à missão que ele confiou á sua Igreja. O crismado é alguém que está disposto a denunciar todo o mal e injustiça que oprime o homem e a sociedade, a defender os pobres e os pequenos, a anunciar a todos o evangelho e a libertação de Jesus Cristo.

O crismado sabe que tudo isso não é “conversa fiada” e que não será nada fácil, muito pelo contrário! Sabe que, estar “na de Cristo', vai lhe custar muita renúncia, muito sacrifício, muita luta. Sabe que poderá ser perseguido ou ridicularizado, como todos os verdadeiros cristãos! Mas o crismado não desanima, não foge da luta: a força do Espírito Santo está com ele, todos os dias!A Crisma é a realização da promessa de Jesus Cristo a todos os seus discípulos: “Se vocês me amam, obedeçam os meus mandamentos. Aí eu pedirei ao Pai e ele lhes dará outro auxiliador, o Espírito da verdade...” (Jo 14,1–26) , “O Espírito Santo descerá sobre vocês e dele receberão força para serem minhas testemunhas até os extremos da terra!” (At 1,4–8 ). Lembram de Pentecostes, quando os primeiros discípulos receberam o Dom prometido por Jesus? Naquele dia, confirmados pela força do Espírito Santo, eles começaram a ser Igreja e tornaram–se testemunhas corajosas de Cristo. A Crisma é o nosso Pentecostes: recebemos o Dom do Espírito, para sermos confirmados na fé, para tornarmo-nos membros responsáveis na Comunidade– Igreja, para assumirmos a missão de apóstolos e testemunhas de Cristo no mundo. 

                                              O SACRAMENTO DA CRISMA (CONFIRMAÇÃO)
                    Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã.
                            Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.
                          Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito.
Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.


Três coisas são necessárias na administração da Crisma:
  • A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando;
  • A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando;
  • As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o crismando responde: Amém.
                       Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.
                       Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”
                            O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.

Missão do crismando
  • Ser bom fermento que leveda a massa.
  • Fomentar a caridade fraterna.
  • Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.
  • Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo.
Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.
Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele.

 “Feliz quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme o que lhe parece.”
A finalidade dos Sacramentos é para tornarmos um sinal de testemunho de vida; é para identificar-nos cada vez mais com Cristo. Não é para só sentirmos bem, pagar ou cumprir promessa.
Por que recebemos o Sacramento da Crisma, chamado também Confirmação?
Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento adulto que dá responsabilidade.
Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este Sacramento. A crisma nos concede com plenitude o Espírito Santo.
              Qual o sentido do Sacramento da Crisma?
             Podemos dizer o seguinte: Todos os Sacramentos são Sacramentos de Cristo, mas um deles, a Eucaristia, é por excelência o Sacramento de Cristo. Assim, todos os Sacramentos são do Espírito Santo, mas um deles, a Crisma ou Confirmação, é por excelência o Sacramento do Espírito Santo.
Para melhor compreendermos o sentido do Sacramento do Crisma, devemos perguntar-nos qual a função do Espírito Santo na Economia da salvação (plano de Deus) manifestada na História da Salvação.
Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem uma dupla função:
1) O de dar a vida.
2) E a função de levar a vida até sua perfeição.
                Essas são duas funções diferentes.
Pelo Batismo, o Espírito Santo nos concede a vida e pelo Crisma nos dá os seus dons para chegarmos a perfeição.
A Confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar a perfeição, segundo a vontade do Pai.
“Sede Santos, como vosso Pai do céu é Santo.”
No entanto, a nossa primeira vocação é sermos santos.
                                         Como existiu uma Páscoa e um Pentecostes na vida dos Apóstolos e dos discípulos de Cristo, há também uma Páscoa e um Pentecostes na vida da Igreja e de cada um dos seus membros.
Tudo quanto podemos dizer da Páscoa poderemos dizer também do Batismo; e tudo quanto podemos dizer de Pentecostes, poderemos atribuir à Crisma.

Páscoa = passagem.
Batismo = passagem do pecado, para vida da graça.
Pentecostes = mudança de atitude.
Crisma = mudança, onde tornamos adultos na fé, comprometidos com a Igreja.
                    Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático (somos levados), ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra coisa é chegar à plenitude da santidade; é evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo. É a contínua busca da santidade.
                       Não podemos permanecer semente, é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. At 8, 14-19
                      Os sete dons do Espírito Santo
São eles: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus.
Sabedoria: Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia.
Entendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.
Conselho: É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.
Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.
Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.
Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.
Temor de Deus: Temor aqui não significa “ter medo de Deus”, mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.

                                         COMUNIDADE E PADRINHOS

             
É toda a comunidade dos fiéis que, juntamente com seus bispo e seu padrinho e seus padres, celebra, solenemente, o novo Pentecostes e invoca sobre seus irmãos o Dom do Espírito Santo.

              A presença da comunidade é sinal do compromisso de comunhão e participação que o crismado assume para ser um membro atuante e co-responsável na vida de sua comunidade cristã.

O padrinho, ou madrinha, é um representante da comunidade que, em nome da Igreja, torna-se um amigo de fé do confirmado, servindo de exemplo e de estímulo para ele perseverar nos compromissos da Crisma.

             Nos primeiros séculos do cristianismo, o padrinho (ou madrinha) era o catequista, escolhido pela comunidade, que acompanhava a caminhada de fé do catecúmeno. Depois de uns três anos de preparação e de vivência cristã (catecumenato), este padrinho apresentava seu filho espiritual (afilhado ) ao bispo ou aos presbíteros, testemunhando ser ele apto para receber os sacramentos de iniciação cristã (Batismo, Confirmação, Eucaristia).

           
Tristemente, hoje em dia, a escolha dos padrinhos, muitas vezes, é feita só por um motivo de amizade, ou de gratidão, ou de interesse. Mas isso não está certo! O padrinho (ou madrinha) deve ser um cristão autêntico que vive os compromissos de seu próprio Crisma, que participa ativamente na vida de sua comunidade e dos sacramentos (Missa, Comunhão, Confissão). Se não for assim, é melhor não ter padrinho ou madrinha

SER CRISMANDO É...

SER CRISMADO É SER MISSIONÁRIO

Quando alguém se casa, é para assumir o compromisso de vida a dois e dos filhos... ou quando alguém se forma como professor, é para ensinar...E quando alguém se crisma? Certamente, não é para ganhar diploma, nem para ter mais um padrinho, nem para cumprir uma obrigação e depois, pensar. Pronto! Agora já fiz tudo!


Com nossa Crisma, não termina nada...“mas começa nossa missão”. É para isso que somos crismados: para sermos missionários de Cristo na construção do Reino.

Vamos falar um pouco mais sobre isso e aprofundar o sentido da missão que nos é confiada na Crisma.

Ao pé da letra, a palavra “missionário” quer dizer “enviado”. O mesmo sentido tem a palavra “apóstolo”. Ser enviado por Cristo, ou ser Missionário, ou ser Apóstolo, é dizer a mesma coisa!

O evangelho diz: “Jesus escolheu setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, dizendo: “a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos...Vão! Eu estou enviando vocês como ovelhas no meio de lobos...” (Lc 10,1–20). Depois de sua ressurreição, Jesus renova, definitivamente, seu pedido e sua ordem: “Como o Pai me enviou, eu também envio vocês!”. (Jo 20,21) .
E não há dúvida nenhuma: vocês também, pelo Sacramento da Confirmação e na força do Espírito, são escolhidos, consagrados e enviados para continuar a missão de Jesus Cristo no mundo. Vocês também serão missionários de Cristo!